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CAFÉ COLONIAL
O tradicional café colonial, costume proveniente da colonização por alemães na região Sul do país, é uma mistura dos povos nórdicos com a cultura portuguesa, parte de elementos indígenas e até africanos em alguns casos, e representa muito mais do que uma mesa farta de cucas, pães, bolos, tortas, frios, geléias, mel, queschmier, morcillas, conservas, chocolate quente, café, chás, wafles, tortas e outras iguarias.
Os mais antigos moradores da região costumam falar que os colonos recebiam turistas em regiões mais afastadas onde não havia hospedagem, por isso colocavam na mesa tudo o que havia de melhor. Outros contam que a mesa repleta de doces, salgados e bebidas logo pela manhã dava as condições necessárias para o trabalhador realizar os seus afazeres diários.
Nas tradicionais casas de café colonial, o cardápio não nega que a culinária típica é alemã e italiana, e nada mais. Uma outra coisa que as pessoas costumam pensar é que o café colonial só é servido pela manhã, o que é errado afirmar, já que uma mesa composta com tanta variedade pode facilmente substituir uma refeição.
O grande segredo para se preparar um ótimo café da manhã colonial é a diversidade. Disso não devemos esquecer.
Se você algum dia já apreciou todas as delicias que compõe a mesa de um café colonial, confira abaixo algumas sugestões básicas para um cardápio:
– Pães: Os pães do café da manhã colonial são muito variados. Se for possível escolha pães caseiros de milho, mandioca ou centeio, para que na hora de servir o trabalho seja mais fácil, deixe os pães cortados e arrumados nas bandejas.
Falando um pouco sobre o pão, há relatos que ele surgiu na Mesopotâmia (atual Iraque) há 12 mil anos, em decorrência do cultivo de trigo, o qual as pessoas utilizavam pedras para moer os grãos desse trigo, misturando-o com a água. O resultado disso era uma massa cozida sobre o fogo.
No Brasil, o pão começou a ser conhecido no século XIX e, entre as variedades existentes, o mais consumido é o pão francês (também conhecido como pão de sal), produzido a partir de uma mistura de farinha, água, fermento e sal.
– Doces: O doce que não pode faltar é aquele conhecido como chimia. A escolha do sabor deve ser feitas com cuidado. Eleja os de laranja, tangerina ou maçã. Eles são característicos da colonização germânica. A companhia do doce de leite é imprescindível.
– Frios: Coloque também queijo colonial. A combinação entre o queijo e os doces é uma característica das tradições germânicas. Presuntos e salames são uma companhia adicional e sempre bem vinda.
Falando um pouco sobre queijos: A arte da fabricação de queijos tem seu início perdido num passado remotíssimo, nada menos do que há 12 mil anos antes do nascimento de Cristo, num período conhecido como paleolítico superior. Segundo a lenda, o queijo teria sido descoberto por um dos filhos de Apolo, Aristeu, Rei da Arcádia. Passagens bíblicas registram o queijo como um dos alimentos da época. Na Europa, os gregos foram os primeiros a adotá-lo em seus cardápios, feito exclusivamente com leite de cabras e de ovelhas, animais que criavam. Entretanto, os romanos foram os responsáveis pela maior divulgação dos queijos pelo mundo. Na expansão de seu Império eles levaram vários tipos à Roma.
No consumo de queijo no Brasil, o destaque está para o Muçarela, com 88% de consumidores e em seguida para o requeijão, com 76%. Esses dois tipos de queijo estão bastante relacionados ao hábito do brasileiro de consumir queijo com pão. Por outro lado trata-se das opções mais baratas de queijo no varejo, o que faz do preço um estímulo ao consumo de muçarela e requeijão.
O presunto encontramos sanduíches, pizzas e nos mais diversos tipos de alimentos. Ele existe em duas formas: cozido, o mais comum e o cru, um pouco mais difícil de encontrar e com um preço mais elevado. A matéria-prima da qual este alimento é feito é basicamente o pernil do porco. Na produção, primeiramente o pernil é lavado, depois passa por um processo de cura com sal, é desossado, enformado junto com outros ingredientes e por fim assado. Comê-lo no café da manhã irá manter indivíduo saciado durante todo o período, pois a proteína aumenta o tempo de saciedade. As proteínas também são fundamentais para a construção de músculos e tecidos, auxiliam no funcionamento do sistema de defesa e na beleza de pele e unhas.
– Tortas e bolos: Tortas de frutas, creme ou chocolate são excelentes opções. Além do sabor gostoso os bolos ajudam a adornar a mesa e dá um ar de café da manhã preparado pela vovó. Bolos de laranja ou cenoura são sempre recomendados. Os sabores misturados e a diversidade fazem a diferença. Alguns historiadores acreditam que em 700 a.C. no Egito já se vendiam pães e biscoitos adocicados e existe um painel com registro de vários tipos de pães e bolos datado por volta de 1175 a.C., ilustrando a confeitaria da corte do faraó Ramsés III.
Os romanos conheciam a técnica da fermentação, e por este motivo, desenvolveram várias receitas de bolos, inclusive com a adição de frutas secas e até mesmo queijo.
Na Roma antiga era tradição de servir bolos em casamentos, costume nas famílias mais abastadas que preparavam a massa com ingredientes especiais, tradicionalmente usados como oferenda aos deuses, como frutas secas, nozes e mel.
No Brasil o primeiro bolo desembarcou na tarde de 24 de abril de 1500, dois dias depois da chegada do almirante Pedro Álvares Cabral ter desembarcado em Porto Seguro. Neste dia ele recebeu uma dupla tupiniquim para uma refeição a bordo da nau capitânia onde foi servido peixe cozido, pão e um doce: o fartem de Beira, ou fartes, como é chamado ainda hoje em Portugal.
– Bebidas: O café é importante, mas não é a única bebida que deve ser servida. Leite quente, sucos de frutas, iogurtes são boas alternativas. Como se trata de um café da manhã o chá não é imprescindível, mas é sempre uma boa pedida.
O leite é uma das melhores fontes de cálcio disponíveis. Por isso, este alimento é essencial para a saúde dos ossos e dentes e seu consumo irá prevenir a osteoporose no futuro. Além disso, a bebida pode contribuir para a perda de peso, proporcionar bem-estar e ainda prevenir o diabetes tipo 2. O alimento é um aliado de quem pratica exercícios e é especialmente necessário na infância e adolescência, mas importante também até a terceira idade.
O chocolate quente tem poderosas propriedades antioxidantes e reduz o risco de várias doenças do coração. Ele contém mais antioxidantes do que chá verde ou vinho tinto. A quantidade de antioxidantes é aumentada quando a bebida é aquecida. O cacau é rico em flavonoides, é muito benéfico para a saúde arterial, melhora a circulação sanguínea e a função das células endoteliais, que são encontradas nos vasos sanguíneos. Chocolate quente também pode ter efeitos negativos, mas a maioria deles pode ser associada com um maior teor de açúcar e gordura que pode estar presente na bebida. Devido a estes ingredientes pode-se ter certos riscos para a saúde e problemas dentários. A poeira de processamento de cacau é abundante em adoçantes extras que podem ser prejudiciais, e ocasionalmente também pode conter determinadas gorduras e óleos hidrogenados. Pequenas quantidades de cafeína no chocolate quente também podem ser a causa de alguns problemas de saúde.
O chá: Quem nunca tomou um chá que era bom para isso ou para aquilo, ou simplesmente por ser gostoso e esquentar o corpo nos dias frios? O hábito, muito comum em todo o mundo, vem sendo passado de geração em geração, inclusive à respeito de seus benefícios como plantas medicinais. Mas de onde surgiram os chás?
Apesar de existirem muitas lendas e crendices à respeito do surgimento do chá, a história mais comum é proveniente da China. De acordo com ela, o Imperador Shen Nung, em torno do ano de 2.800 a.C., tentando evitar as grandes epidemias que aconteciam em seu reino, determinou como lei a fervura da água antes do consumo. Com esse hábito, o imperador costumava ir tomar a água quente embaixo de uma árvore. Durante essas experiências, caíram folhas dentro do recipiente com água que deixaram o sabor diferente, mas ainda agradável. A partir disso, o imperador começou a fazer experiências com outras folhas e plantas e escrever sobre seu sabor e como sentia-se após o consumo.
A partir do século XIX, tornou-se comum em torno de todo o mundo partindo para Inglaterra, Estados Unidos, Austrália, Canadá e diversos países. Esse hábito tornou-se, além de prazeroso, um tratamento medicinal, enquanto no Japão o preparo das bebidas tornou-se uma arte.
Sucos de Frutas: É muito importante ao preparar o suco, ingerir assim que ele ficar pronto e não armazená-lo na geladeira para beber depois. Deve-se preferir consumí-los frescos, que são puros, livre de aditivos e conservantes. Nos sucos industrializados (caixinha, garrafas ou latas), os nutrientes perdem muito de seu valor, uma vez que são consumidos muito tempo depois de preparados e no processo de pasteurização há uma grande perda de nutrientes. O suco natural tem células vivas, recebidas de maneira direta pelo organismo, garantem a boa saúde.
Fontes: Sites - Vila Mulher e Buffet e Catering
https://buffetecatering.wordpress.com/2014/04/23/5-dicas-para-preparar-um-cafe-colonial/
https://metacolher.wordpress.com/2013/11/28/a-origem-do-pao/
https://meioambienterio.com/18131/2016/07/chocolate-quente/
Acesso: 18/08/2017 às 18:10h